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"A poesia não se entrega a quem a define"


Mário Quintana



quarta-feira, 11 de agosto de 2010

HOMEM DA TERRA

Criado nas entranhas ressequidas, troféu erguido ao sol.
Mansa criatura estranha com olhos bêbados de mar,
Oásis de lágrimas quentes, suplicando nuvens tristonhas.
Fome infame de dilacerar os rastros de vida sofrida.
Distorcidos ais ecoando dos acordes de mãos estendidas
Ofertas de almas em buquê de espinhos e promessas.
Ínfimos favores roubados em mente, corpo e vaidade
Dilacerando pálidas esperanças amordaçadas
Enquanto bocas impuras cultuam silêncios dignos de ti...
Filho da terra órfã, herdeiro do abismo de uma desumanidade.

DANIELA BARBOSA – 10/08/10

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